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 METODOLOGIA

 

           O experimento foi conduzido na área da Estação de Estudos Ambientais (EEA) situado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) no período de fevereiro até abril de 2016, a fim de avaliar o efeito das concentrações do esterco bovino na propagação por mudas de alface. 

        Levando em conta a área disponível para o experimento, inicialmente utilizou-se 1 canteiro como sementeira para a produção das mudas. Para tal finalidade optou-se por sementes da variedade de alface Mônica SF 31. Após a emersão das primeiras folhas e alcançado cerca de 6 cm seriam transplantadas, aplicando juntamente, as diferentes concentrações de estercos estabelecidas.

     Com um delineamento estatístico de blocos ao acaso, utilizaríamos quatro tratamentos que corresponderiam as diferentes doses de esterco , e quatro repetições por tratamento. Diante disso, totalizaria o uso de 256 plantas, apresentado espaçamento entre plantas de 20 cm e entre linhas de 80 cm, ocupando assim um espaço de 4.8m².

         Após o plantio das mudas, estas ficariam mantidas nas condições ambientais naturais e expostas a irrigação por gotejamento e regas manuais suplementares diárias. Noventa (90) dias após o plantio quantificaríamos as variáveis: diâmetro do caule, número de folhas, massa fresca da parte aérea, massa seca da parte aérea e produtividade.

         Os dados seriam submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, no programa estatístico Sisvar, versão 5.3 (Ferreira, 2003).Entretanto, ainda no primeiro procedimento pra da inicio ao experimento, ou seja, na produção de mudas, encontrou-se um sério problema: as sementes não germinarão.

 

 

        RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

 

         Possíveis problemas com a germinação

 

  •  TEMPERATURA

       

      As sementes de alface apresentam alta sensibilidade ás condições do ambiente e tal fato ocasiona problemas na germinação. A temperatura ótima situa-se em torno de 20º C, sendo que a maioria das cultivares não germina em temperaturas superiores a 30º C (NASCIMENTO, CANTLIFFE, 2002) decrescendo a velocidade ou a porcentagem de germinação (NASCIMENTO, 2003).

    As sementes que utilizamos foram da espécie ALFACE MÔNICA SF 31, com temperatura para germinação de 18 a 22º C. Devido às elevadas temperatura nesses primeiros meses do ano ocasionou a não germinação das sementes tanto no primeiro plantio como no segundo.

      As primeiras horas de embebição de água pelas sementes são as mais críticas, e deve ocorrer sob temperaturas mais amenas. Assim, a probabilidade de ocorrer uma melhor germinação será sempre maior naquelas sementes embebidas sob baixas temperaturas do que naquelas sementes embebidas sob altas temperaturas. O que pode ter ocorrido é que como fizemos a semeadura no horário da aula, entre 13:30 e 15:30, isso pode ter ocasionado dificuldade na embebição pois nesse horário a temperatura encontrava-se relativamente alta. 

 

  •   QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES

 

      A utilização de sementes de alta qualidade fisiológica é o pré-requisito para se alcançar um ótimo estabelecimento de plântulas e, consequentemente para se obter alta produtividade. Sementes de alta qualidade fisiológica são aquelas que apresentam alta viabilidade e vigor. Na embalagem das sementes que utilizamos consta 96 % germinação e 99,2 % de pureza. Em muitos casos, a porcentagem de germinação indicada no rótulo da embalagem de um determinado lote de sementes representa o potencial de germinação do lote, e nem sempre irá corresponder à emergência a ser obtida pelo produtor em campo. Isso acontece porque as sementes geralmente são analisadas em laboratório, ou seja, sob condições ótimas de germinação. A perda do vigor pode ser inevitável, sendo esta perda determinada pela composição genética das sementes e pelas condições ambientais. Então, pressupomos que mesmo constando na embalagem alta porcentagem de germinação e pureza podem ter sido perdidos esses altos índices e comprometido a germinação das sementes, pois o alto vigor de sementes é necessário para uma maior tolerância a condições adversas, como altas temperaturas.

 

  •    ÁGUA

     

     Água é um fator básico para a germinação das sementes. As sementes de alface completam a germinação, isto é, emitem a radícula, quando as mesmas atingem cerca de 55% - 60% de umidade (NASCIMENTO, 2002). Da semeadura à emergência das plântulas, as irrigações devem ser leves e frequentes (duas a três vezes ao dia), para evitar a formação de crostas e permitir uma boa emergência.

As primeiras horas de embebição de água pelas sementes são as mais críticas, e deve ocorrer sob temperaturas mais amenas. Assim, a probabilidade de ocorrer uma melhor germinação será sempre maior do que naquelas sementes embebidas sob baixas temperaturas do que naquelas sementes embebidas sob altas temperaturas. Diante disso, esse também pode ter sido uma dificuldade encontrada pelas sementes, visto que, devido a disponibilidade de horários vagos, muitas vezes as sementes eram regadas em momentos do dia em que a temperatura encontrava-se a cima de 30OC.

 

  • Sugestões práticas para maximizar a germinação e estabelecimento de plântulas

       

        a) Utilizar sementes de alta qualidade fisiológica e sanitária;

        b) Utilizar cultivares termotolerantes (para condições de altas temperaturas);

        c) Utilizar sementes osmoticamente condicionadas (para condições de altas temperaturas);

        d) Utilizar sementes peletizadas;

        e) Escolher épocas de temperaturas mais baixas para semeadura;

        f) Realizar a semeadura no final da tarde, quando a temperatura é mais amena;

        g) Manter adequada a umidade do substrato (ou solo) durante a fase de germinação;

        h) Realizar a semeadura a mais superficial possível;

        i) Produzir mudas em bandejas, sob condições controladas;

        j) Utilizar substratos de boa qualidade, inertes, e isentos de microrganismos;

        k) Utilizar bandejas lavadas e desinfetadas;

       l) Evitar o empilhamento de bandejas após a semeadura, uniformizando assim, a disponibilidade de luz, água, oxigênio e temperatura.

 

     

 

 

       Referências

 

NASCIMENTO, W. M. Circular Técnica: Germinação de sementes de alface. Embrapa Hortaliças. Brasília, DF. Dezembro, 2202.

 

 

 

 

 

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